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Tempo de exposição na fotografia.

Como o tempo de exposição influencia na sua fotografia

Você já parou para pensar em entender como o tempo de exposição funciona?


O tempo de exposição, ou velocidade do obturador, apesar do termo ser autoexplicativo, é crucial entender como sua configuração impacta na fotografia. Ele não só permite congelar o movimento do assunto fotografado, mas também pode criar movimento. Tudo depende da sua intenção ao fotografar.


A fotografia, embora envolva muita ciência, necessita de muita sensibilidade do fotógrafo para contar uma história. Precisamos nos perguntar: o que desejo capturar ou que emoções quero transmitir? O que vejo além das demais pessoas?


Estas e outras perguntas ajudam o fotógrafo a criar sua composição e registrar aquele momento espetacular que faz as pessoas olharem a fotografia e dizerem "UAU".


Voltando ao tempo de exposição: altas velocidades de obturador congelam o movimento do assunto fotografado, enquanto baixas velocidades permitem criar imagens com movimento. Mas na fotografia, tudo tem prós e contras.


Em altas velocidades, precisamos de muita, mas muita luz. Isso ocorre porque o sensor da câmera fica exposto por muito pouco tempo. Por exemplo: em fotografias esportivas, onde o assunto normalmente se move em altas velocidades, precisamos que o sensor seja exposto o mínimo possível para evitar o famoso borrão na fotografia.


Altas velocidades congelam o movimento. Imagem de Robert Balog por Pixabay.

Na imagem acima, podemos ver que o pássaro está completamente congelado na fotografia, mas suas asas, que batem muito rápido, ficaram borradas.


Para que isso seja possível, precisamos de muita luz e, para conseguirmos mais luz, temos 3 opções: mais luz no ambiente, seja em um dia bem ensolarado ou com iluminação artificial em grande quantidade, aumentar a sensibilidade ISO do sensor ou abrir mais o diafragma da câmera.


Já com baixas velocidades, podemos fotografar em ambientes com pouca luz. Isto é possível porque, nessas configurações, o sensor fica mais tempo exposto, permitindo capturar mais luz. Velocidades mais baixas são normalmente usadas para fotografar o céu noturno ou cidades à noite.


Mas, como na fotografia tudo é questão de escolhas, também temos prós e contras em usar baixas velocidades de exposição. A vantagem é que precisamos de muito pouca luz para a fotografia, mas o contra é que o assunto a ser fotografado precisa ficar totalmente imóvel durante esse tempo ou ficará todo borrado.


Cidade à noite com luzes acessas
Com baixas velocidades, podemos fotografar a cidade à noite. Imagem de Rafael Bohrer.

Na imagem anterior, conseguimos registrar toda a luz que a cidade tem à noite sem que a imagem fique borrada. Para isso, é importante usar a câmera presa a um tripé para que ela não balance durante a captura. Este tipo de fotografia é humanamente impossível de fazer segurando a câmera, pois não conseguimos ficar 100% imóveis.


Agora, lembram que no início deste post falei que com a velocidade de exposição podemos criar movimento na fotografia? Pois é. Pode parecer estranho, mas é verdade.


Já viram aquelas fotografias noturnas de estradas onde vemos os rastros dos faróis dos carros? Imagino que sim e que as acham incríveis. Pois bem, elas são criadas justamente com baixas velocidades de exposição.


Lembram também que falei que em baixas velocidades o assunto precisa estar completamente imóvel? Pois, neste tipo de foto, usamos o ponto contra da baixa velocidade a nosso favor.


Desta forma, com pouca iluminação conseguimos fotografar todo o ambiente e registrar o movimento dos carros na fotografia.


Em baixa velocidade congelamos o ambiente e o movimento dos carros. Imagem de Michael Kauer por PixaBay.

A velocidade de exposição é sempre expressa em segundos e a maioria das câmeras digitais permite que esta velocidade seja configurada entre 30s e 1/4000s.


Configurando sua câmera em 15s, por exemplo, o sensor da câmera ficará exatamente 15 segundos exposto à luz ambiente. Para tempos inteiros isso é óbvio, mas às vezes não percebemos o quão rápidas são as velocidades maiores.


Uma velocidade de 1/1000 equivale a 1 milésimo de segundo. Para você ter uma ideia de quão rápido é isso, uma piscada de nossos olhos leva entre 100 e 150 milissegundos. Então, quando você configura sua câmera na velocidade 1/1000, o obturador é 100 vezes mais rápido que uma piscada. A velocidade de 1/4000 é 400 vezes mais rápida que uma piscada. Por isso conseguimos congelar objetos que estão se movendo muito rápido.


Conclusão


Dominar o uso do tempo de exposição é essencial para todo fotógrafo. Seja para congelar o movimento ou registrar o movimento, conhecendo a técnica e sabendo o que deseja transmitir na sua fotografia, seu uso permite que você se expresse de maneira única. Da próxima vez que você pegar sua câmera, não deixe de explorar o potencial do tempo de exposição e deixe sua imaginação voar. Mas não se esqueça: baixas velocidades exigem que sua câmera esteja bem fixada e firme, sem tremer.


E aí, curtiu? Comenta e compartilha.


Grande abraço e até a próxima!

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